Neide Socio do fórum
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| Assunto: Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio, por Lord Byron Sáb Dez 20, 2008 4:30 am | |
| .Não, não te assustes; não fugiu o meu espírito; Vê em mim um crânio, o único que existe, Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva, Tudo aquilo que flui jamais é triste. Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri; Que renuncie a terra aos ossos meus; Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme Lábios mais repugnantes do que os teus. Antes do que nutrir a geração dos vermes, Melhor conter a uva espumejante; Melhor é como taça distribuir o néctar Dos deuses, que a ração da larva rastejante. Onde outrora brilhou, talvez, minha razão, Para ajudar os outros brilhe agora eu; Substituto haverá mais nobre do que o vinho Se o nosso cérebro já se perdeu? Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus Já tiverdes partido, uma outra gente Possa te redimir da terra que abraçar-te, E festeje com o morto e a própria rima tente. E por que não? Se as frontes geram tal tristeza Através da existência - curto dia -, Redimidas dos vermes e da argila Ao menos possam ter alguma serventia. . | |
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