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 Avião Laçado

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Brankinho
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MensagemAssunto: Avião Laçado   Avião Laçado Icon_minitimeQua Mar 05, 2008 3:23 pm

Avião Laçado

gentileza de Evaldo Munoz Braz

Pois vocês sabiam? Tinha que que ser! O único avião laçado no mundo foi feito por uma gaúcho de Santa Maria? Por acaso da minha cidade natal!

O fato aconteceu em 1952. O nome do gaúcho era Euclides Guterres, com 24 anos na época.

O piloto, Irineu Noal. O prefixo do avião: PP-HFP, era um paulistinha o avião.

O piloto tava fazendo frescura sobrevoando baixo uma fazenda da região.

O Euclides não gostou e pra defender as moçoiras da terra atirou o laço de 13 braças e laçou o avião no nariz. Quase o paulistinha vem abaixo. Felizmente pra os dois viventes a hélice cortou o laço.

O piloto desceu na base aérea de Santa Maria com o laço no nariz do avião. Caçaram a carteira dele na hora.

Conheci o piloto 30 anos depois do acontecido. Mostrou-me a revista Time com reportagem sobre o fato com o título :"The cowboy and the airplane", e na Life e na O Cruzeiro e em outras publicações. Teria sido a notícia de mais rápida divulgacao na época. Em menos de uma hora estada dando na BBC.

E o guasca era de Santa Maria! Barbaridade!

Evaldo Munoz Braz

Retirado de Página do Gaúcho

UPDATE

Procurando no arquivo do jornal Correio do Povo, encontrei uma matéria recente sobre o causo.
29 de Janeiro de 2007

Piloto relembra façanha de laçador
Há 55 anos, peão de estância laçou um avião que fazia vôos rasantes no interior de Santa Maria

O dia 20 deste mês marcou o 55º aniversário de um fato singular na história da aviação. Aos 76 anos, Irineu Noal, comerciante aposentado residente em Santa Maria, um dos personagens do episódio, ainda recebe pessoas interessadas em saber como o avião que ele pilotava foi laçado por um peão estância. Noal conta que nos finais de semana costumava realizar vôos com um teco-teco, principalmente sobre a localidade de Tronqueiras, no distrito de Arroio do Só, em Santa Maria, onde tinha uma namorada. No início de janeiro de 1952, relata, ocorreu uma discussão que acabou estremecendo as relações com a jovem. No dia 20, penúltimo domingo do mês, a saudade o levou novamente à região de Tronqueiras. Perto das 15h, começou a fazer vôos rasantes com o objetivo de atrair a atenção da moça. Ocorre que o peão Euclides Guterres (já falecido), na época com 24 anos, estava no campo tratando de umas novilhas. Inicialmente, Euclides acompanhou admirado as proezas do jovem piloto brevetado em novembro de 1951, que manobrava com rara habilidade o paulistinha prefixo PP-HFP do Aeroclube de Santa Maria. Fazedor de proezas e espanholadas, ele teve a idéia de também testar sua destreza e a resistência do seu laço de 13 braças e quatro tentos. No terceiro rasante, relembra Noal, o gaúcho laçou o pequeno avião.

O teco-teco balançou e só não caiu porque a hélice cortou o couro cru. O paulistinha ganhou altura novamente e o piloto rumou para o aeródromo de Camobi carregando presas na fuselagem quatro braças do laço de Euclides Guterres. Três dias depois, a reportagem do Correio do Povo promoveu o encontro dos dois personagens na fazenda de Cacildo Xavier, cenário do episódio.

Chapéu de aba quebrada, Euclides foi apresentado a Noal e confessou que ficara apreensivo com a sorte do piloto, pois queria apenas dar um susto e não derrubar o avião. 'Eu não fiz por maldade. Pura brincadeira. Para falar a verdade, eu não acreditava que pudesse pegar um aviãozinho pelas guampas, num tiro de laço, mas aconteceu. Depois que o laço agarrou o avião, eu pensei que ele logo viesse abaixo. Quando ele se endireitou e subiu, tive uma grande alegria. Seria um desastre e o pobre moço não tinha culpa', declarou.

O aeroclube teve um prejuízo de Cr$ 2 mil (2 mil cruzeiros) com a troca da hélice, que hoje se encontra exposta na ferragem da família de Noal, na rua Dr. Bozano, em Santa Maria. O piloto foi expulso da entidade, cinco dias depois do fato, que teve repercussão internacional. A revista Time narrou o acontecimento em reportagem sob o título 'The cowboy & the airplane'.

Essa história me lembra um livro que eu li a pouco tempo, Assim se voava antigamente de Lili Lucas Souza Pinto, que conta sobre o começo da aviação civil no RS e no Brasil, afinal, tudo começou aqui.
Breve vou criar um e-book do livro, aguardem...
Ah, lembrando que ontem, sábado, eu voei, até pilotei um pouco... de Florianópolis a São José. Bah, tri legal, né!
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