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 Inconformados, hasta hoy...

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MensagemAssunto: Inconformados, hasta hoy...   Inconformados, hasta hoy... Icon_minitimeSex Mar 07, 2008 3:50 pm

Esta é a 3ª parte do Manifesto Libertário publicado no site O Sul é o Meu País, cujo endereço é www.patria-sulista.org...

Eu, (e não posso falar pelo restante da indiada do Fórum) não compartilho desta intenção literalmente separatista... todavia, nos é impossível negar a raça - ou, como diz o grande El Cohen, lá da Página do Gaúcho(www.paginadogaucho.com.br) - a hombridade dessa gente peituda que não se acanha em falar e defender aquilo que pensa...
Inconformados, hasta hoy... Cavalommiamb2005ag8

RESISTÊNCIAS AO DIREITO DE AUTODETERMINAÇÃO

Os povos de todos os lugares e tempos criaram um sentença que de certa forma foi assimilada pelos filósofos e que até hoje ninguém conseguiu desmanchar: “a história é escrita pelos vencedores”.

Isso significa que, freqüentemente, a história é escrita sob o vício da facciosidade, assentada em falsas versões, conforme a vontade do vencedor. Não é raridade que a historiografia se iguale à uma mentira. Assim posto, ela pode enganar os que não têm capacidade de discernimento. E, lamentavelmente, grande parte dos historiadores repetem nos seus livros ou ensinamentos as mentiras que foram escritas por outros, que por suas vezes também repetiram a história que foi escrita originalmente pelos vencedores. Mas essa postura, nada digna, parece ser uma exigência do mercado. Quem ousar contar a verdadeira história terá represálias e invencíveis obstáculos na sua divulgação. Melhor é ficar “bem-comportado” e repetir o que os vencedores disseram. Isso é de mais agrado ao “Sistema”...


Nessa circunstância, quem não olhar a historiografia com senso crítico e certa dose de ceticismo, correrá o risco de consumir inverdades. Todavia, este problema não se restringe ao “local”. É universal.


Um exemplo bem próximo é a Guerra do Paraguai, de 1865. Sob patrocínio dos banqueiros ingleses, formou-se a Tríplice Aliança, composta por forças militares do Uruguai, Argentina e Brasil, este último país-suporte da citada aliança. O Paraguai - que era o único país sul-americano com possibilidade de desenvolvimento próprio - foi devastado quase totalmente. Cerca de 75% da sua população foi dizimada. Desse massacre, no entanto, nasceu um “herói” chamado Duque de Caxias. Esse “herói” brasileiro chegou ao cúmulo de afirmar que para vencer o Paraguai seria indispensável “matar até o último paraguaio no ventre da sua mãe”. E esse cidadão brasileiro é um típico “herói” da sua história.


Segundo a historiografia dominante, os marcos centrais da história política brasileira foram os períodos da Colônia, Império e República. Os dois últimos períodos teriam sido estabelecidos para atender aos interesses da classe dominante.


Na mesma esteira teriam sido os movimentos separatistas eclodidos em vários pontos do Brasil, ou seja, seriam obra também das classes dominantes regionais. Na Inconfidência Mineira a causa estaria nos tributos excessivos sobre o diamante e ouro; na Revolução Farroupilha, a causa estaria nos encargos públicos sobre o charque e as terras.


Ora, no que pertine aos movimentos libertários das regiões envolvidas, a afirmação singela que a intenção era socorrer os interesses dos grandes proprietários de minas ou terras, se não pode ser considerada uma inverdade, é, no mínimo, uma meia-verdade. E é uma meia-verdade por dois motivos. O primeiro é que se de fato havia interesse direto de uma determinada classe social, a dominante, na separação, evidentemente esse interesse também estaria presente com igual força nas outras classes sociais. O aumento dos recursos regionais, mediante o “corte” de parcelas extorquidas por Lisboa ou pelo Império, poderia, evidentemente, beneficiar a classe menos favorecida. O interesse, portanto, foi da sociedade produtiva como um todo, das suas diversas classes sociais. O segundo motivo reside no fato do apoio popular às causas independentistas, onde os respectivos povos marcharam junto com a classe superior ou pelo menos não se opuseram à empreitada.


Mas é inegável que essa meia-verdade pregada pelos “vencedores” e seus porta-vozes teve conseqüências funestas na mente daqueles que, cegamente, acreditam na historiografia escrita pelos vencedores. Talvez seja esta a origem da forte resistência ao independentismo manifestada pela “esquerda”. Prova disso é que a “esquerda” prefere encarar o demônio, antes de se dispor à discussão sobre qualquer tema que envolva a questão do direito à autodeterminação dos povos do Brasil. Essa visão muito obtusa certamente é produto reflexo do “Sistema” que a esquerda pensa e afirma combater, quando na verdade o defende e é parte dele mesmo. Nesse sentido a esquerda também é “Sistema”. E como “Sistema” também é responsável pela construção e conservação da sua obra máxima: o mastodonte chamado Brasil, que tem corpo grande e cérebro pequeno. E por causa do alijamento social de grandes massas, submetidas a sua jurisdição e soberania, essa infeliz construção humana é responsável pela matança de mais gente que todas as guerras somadas. Assim, pode-se inclusive afirmar, sem medo de erro, que a esquerda não passa de instrumento da direita. Usa o braço esquerdo comandado pelo cérebro de direita. Essa oposição ao “Sistema”, cujas principais diretrizes são de “direita”, na verdade preenche os requisitos meramente formais (não essenciais, substanciais) da democracia. Assim, a democracia praticada no Brasil é como uma obra-prima da pintura, produto de substanciosa imaginação, mas sem qualquer alicerce.


A “direita”, por seu turno, também não vê com bons olhos o ressurgimento da proposta independentista. Teme, com certeza, a perda dos seus privilégios e investimentos que bancou para erguer o sistema que teoricamente lhe estaria dando todas as garantias. Essa ótica, contudo, é ainda mais “burra” que a visão distorcida da esquerda. O preço que a classe dominante paga por essas garantias é certamente muito superior ao que era pago pelos fazendeiros do Sul e pelos donos das minas, antes, respectivamente, da Revolução Farroupilha e Inconfidência Mineira. Na verdade, a fome insaciável da Federação devora enorme parcela do que é produzido pelos empresários e trabalhadores. Seria mais barato ao empresariado submeter-se à volta do “dízimo” da Idade Média.


Resumidamente, a esquerda repele o separatismo afirmando que ele é coisa de direita; a direita diz o mesmo ao inverso. Porém todas são visões absolutamente equivocadas. E não é preciso muita inteligência para chegar a essa conclusão. Na verdade, a pequenez dessa discussão não tem lugar na causa independentista. Essas questões ultrapassadas só podem ter lugar em sociedades pequenas, onde as alternativas políticas permitidas também são pequenas. A esquerda, por exemplo, fala como se estivesse bebendo vinho das mais finas castas da sabedoria, quando está bebendo vinagre reles. Muitos até demonstram sólido conhecimento das teses dos grandes pensadores do socialismo, ao mesmo tempo em que desconhecem e desprezam o próprio chão onde nasceram, sua história e a quantidade de sangue derramado pelas gerações passadas na busca da liberdade para esse chão. “Consultando” o raciocínio: na verdade seria esperar demais uma esquerda de primeiro mundo, quando o “Sistema” e suas raízes de direita, são de terceiro ou quarto mundo. Enquanto isso, o projeto independentista tem por alvo o primeiro mundo.


Na visão das “Instituições” brasileiras, a resistência ao independentismo toma contornos radicais. Os políticos, os tribunais e a Grande Imprensa “fecham” a questão. Inúmeras outras organizações atreladas ao sistema, públicas ou privadas, também não admitem qualquer discussão que ponham em risco a “indissolubilidade” do Brasil. É paradoxal, até mesmo muitas lideranças de entidades tradicionalistas gaúchas compartilham desta postura. Porém são os primeiros a vestir a indumentária que lembra os heróis Farrapos nas comemorações Farroupilhas (20 de setembro) e possuem lugar reservado no palanque oficial. O que essa gente faz ali, afinal?


Sem dúvida, a “Paz de Ponche Verde” gerou no seu ventre muitos “maricas” que falam grosso, mas que em nada lembram os bravos Farroupilhas.


Apesar de tudo, uma coisa é certa: se os políticos, na sua quase totalidade, rechaçam o separatismo, e se dentro das “instituições” brasileiras não existe projeto tão repelido quanto este, também é certo que, no mínimo, ela deve conter muitas virtudes, merecendo ampla reflexão e discussão.


...O Manifesto, na íntegra...:

Manifesto Libertário http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45
A chama independentista no Sul http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45&limit=1&limitstart=1
Resistências ao direito de autodeterminação ...o texto acima...
O Sul é uma nação http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45&limit=1&limitstart=3
O direito à independência do Sul http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45&limit=1&limitstart=4
Autodeterminação do Sul frente à ONU http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45&limit=1&limitstart=5
Ações imediatas http://www.patria-sulista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=45&limit=1&limitstart=6

...e um abraço p'ra gente macanuda de todos os rincões desse mundo véio sem porteira!
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