Neide Socio do fórum
Número de Mensagens : 203 Idade : 47 Localização : Santos - SP Reputação : 0 Pontos : 5837 Data de inscrição : 04/08/2008
| Assunto: Paco de Lucia - El Mundo del Flamenco (1971) Ter Abr 28, 2009 3:14 am | |
|
A los seis, siete y ocho años, la relación entre Paco y la guitarra era un reflejo de la relación entre Paco y su padre. Era una forma de comunicación, un diálogo sin palabras entre padre y hijo. Un diálogo en el que el primero explicaba lo difícil que era la vida em Andalucía y lo essencial que era ascender los peldaños que conducian hacía un futuro mejor, mientras que el segundo respondia diciendo: “No te preocupes; estudiaré sin descanso.” El interés del joven por la guitarra, era algo natural o le había sido impuesto por su padre? Paco dice: “Ocurrió de um modo natural. Fue algo que ya estaba presente en mi família, cuando yo nací...mi padre, mi hermano...Yo soy el pequeño de la família. De modo que cuando por primera vez fui consciente de ser um ser humano, ya tenia las manos sobre la guitarra. Ya conocia el compás, ya sabía tocar.” “Incluso antes de empezar a tocar la guitarra, ya me sabía todos los ritmos...soleá, bulería...todos los ritmos, y le decia a mi padre: ‘Quê? Y una mierda!’. Pero yo insistia: ’No, no, está desacompasada’, y reproducía el compás sobre la mesa y comprobábamos que tenía razón. Esto sucedia antes de que empezasse a tocar la guitarra. Tuve mucha suerte porque...ésa es la razón por la que los gitanos son los mejores, porque oyen la música desde que nacen. Desde luego es una suerte. Después, cuando empece a tocar la guitarra, sabia lo que tenia que hacer, hacia donde dirigirme, cómo tocar. Aquello fue lo más importante para mi.”
Pero cuando se le pregunta si su padre fue exigente cuando llegó el momento de estudiar en sério, Paco explica: ‘Hombre, claro! Todo lo que soy hoy, se lo debo a mi padre. De no ser por mi padre, porque me obligó cuando era niño...Cuando eres niño solo estás interessado en jugar, en salir a la calle a jugar al fútbol y a dar vueltas por ahí. Mi padre me obligó a tocar la guitarra siendo pequeño. Automáticamente empecé a crear mis proprias falsetas. Empecé a inventar. Tenia una falseta, después dos, y al final la necesidade de tocar en público me llevó a crear mi propia escuela.” Al pedírsele que aclare el rumor de que su padre le ató uma pierna a la cama e insistió em que practicara hasta que le sangraran los dedos, Paco responde: “No, hasta ese extremo no! Mi padre me obligava, evidentemente, pero no de ese modo. Me obligaba de un modo mucho más psicológico que físico.” “Mi padre me preguntaba: ‘Cuanto hás estudiado?’ Y cuando yo le respondia que había estado estudiando dez o doce horas, y veía su felicidad, esa era toda la recompensa que ho necesitaba. Y, de hecho, cuando cumplí los doce anos ya estaba ganando dinero.” “A veces pienso”, añade “que de no haber nacido en la casa de mi padre, ahora seria un don nadie. No creo em la genialidad espontânea. Um artista es bueno aunque esté escondido debajo de una piedra y nadie se lo reconozca. Pero el talento que uno pueda tener no es suficiente. Uno debe continuar esforzándose siempre como si fuese el prímer dia.”(Extraído do livro “Paco de Lucia, a new tradition for the flamenco guitar”, de Paco Sevilla, edição original em inglês, traduzido ao espanhol por Oscar Palmer.)Paco de Lucia é o violonista flamenco mais notável de sua geração. Nascido na pequena cidade de Algeciras, na província de Cadiz, ele passou sua juventude imerso no peculiar amálgama de música, canções e danças encontradas somente na região Andaluzia, ao sul da Espanha – uma mistura proveniente das culturas judaica, árabe, cigana e de diversos outros povos que ocuparam a região ao longo dos séculos. Além deste caldeirão cultural, o pai e o irmão mais velho de Paco também eram violonistas, provendo-o com um maior contato com o instrumento. Francisco Sanchez Gomez (o nome artístico “Paco de Lucia” é uma homenagem a Lucia Gomez, sua mãe) mostrou uma extraordinária aptidão musical bem cedo, apresentando-se publicamente pela primeira vez na Rádio Algeciras, em 1958. Venceu diversos concursos regionais de violão antes de se estabelecer no acompanhamento da celebrada companhia de dança de Jose Greco por três temporadas, aos 14 anos. Durante sua turnê com Greco pelos Estados Unidos, o jovem violonista conheceu o grande mestre do flamenco, Sabicas, que o alertou a “se afastar das imitações” se quisesse construir uma carreira musical. Guiado pelo conselho de Sabicas, Paco de Lucia aperfeiçoou e transcendeu as tradicionais formas e repertórios do flamenco, adicionando o baixo elétrico, o cajón (um tambor no formato de caixote de madeira) e sopros, além de outros instrumentos não tradicionais ao seu conjunto. Também incorporou elementos latinos, brasileiros, afro-peruanos e de jazz à sua música. Os puristas do flamenco ridicularizaram o “Nuevo Flamenco” de Paco de Lucia chamando-o de inconseqüente a sacrilégio cultural, embora todos, menos os críticos mais severos, o recebessem como o legítimo sucessor dos mestres do flamenco moderno – Ramon Montoya, Niño Ricardo e o próprio Sabicas. Apesar de ser uma figura quase mítica na Europa e na América Latina, Paco de Lucia era desconhecido nos Estados Unidos até se juntar a John McLaughlin e Al Di Meola no acústico Guitar Trio, em 1981 (Di Meola substituiu Larry Coryell, que era o terceiro membro do grupo nos anos anteriores). As pirotecnias instrumentais do Guitar Trio nos palcos levou-os a um imenso sucesso comercial e de crítica entre 1981 e 1983, rendendo-lhes diversas turnês mundiais e dois álbuns bastante populares, assim como uma turnê e outro álbum em 1996. Os dedilhados velozes como um raio, os arpejos e floreios rítmicos que encantavam as platéias flamencas de Paco de Lucia produziam a mesma resposta perante os ouvintes mais voltados ao jazz, que foram atraídos às performances do Trio. Hoje, aos 56 anos, Paco está menos interessado em demonstrar proezas técnicas e mais voltado a expressar seus sentimentos utilizando o vocabulário do flamenco “autêntico” – tarefa que o levou de volta ao centenário romance flamenco entre o violão e a voz humana na gravação de seu último álbum. A música em Cositas Buenas (Universal Music) dança e se eleva a inesperados campos harmônicos e melódicos, enquanto mantém-se arraigada nos ritmos tradicionais. Em todas as faixas, com exceção de duas, o violão compartilha o foco das atenções com um ou vários festejados cantores (incluindo o falecido Camerón de la Isla, cuja lendária voz foi ressuscitada por meio da tecnologia digital em Que Venga el Alba). Hoje há uma nova geração de violonistas flamencos, como Tomatito (um dos convidados em Cositas Buenas), Vicente Amigo e Gerardo Nuñez, mas se pegarmos o novo álbum como referência, todos eles ainda têm um bocado de coisas a aprender com Paco de Lucia. (Extraído da Revista Guitar Player 99, matéria publicada em 01/07/2004)1. Guajiras de Lucía (Guajira) 2. Con el pensamiento (Soleá) 3. Al tempul (Bulerías) 4. Al puerto (Alegrías) 5. María de los Dolores (Taranto) 6. Taconeo gitano (Zapateado) 7. Callecita que subes (Seguirilla) 8. Recuerdos (Farruca) 9. El impetu (Bulerías) 10. El rinconcillo (Tangos) http://sharebee.com/a144a358http://www.pacodelucia.org/Veja informações também aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paco_de_Luc%C3%ADa | |
|