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 Amargo nosso de cada dia... parte II

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Mestre Splinter
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MensagemAssunto: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeSex Mar 07, 2008 6:22 pm

Amargo nosso de cada dia... parte II Gauchotomandomateij0
LENDAS CRISTÃS

Tem o uso da erva, no dizer de Granada, uma alta origem no que poderíamos chamar de mitologia cristã. Já desde o primeiro quartel do século XVI, corria na América do Sul a lenda da estada do Apóstolo São Tomé no Brasil e países vizinhos.

Conta-se que chegando ao Paraguai, viu imensos matos de árvores do mate. Os índios, porém, não lhe davam utilidade nenhuma, até olhavam-nas com certa repulsão, porque as tinham por venenosas.

São Tomé achou entre os guaranis muita disposição para receber a fé e as águas do batismo. O santo, vendo a dedicação deste povo, quis fazer-lhe um benefício ensinando-lhes o uso da erva. Atraída por sua palavra, tinham-no seguido, uma grande multidão, quando arrancou uma porção da erva e a ajuntou cuidadosamente. Depois fez uma fogueira, estendeu as folhas da erva de tal maneira sobre as brasas que sem queimá-las, as tostasse. Por intermédio da lenta ação do fogo, perderam as folhas da erva, por evaporação, as substâncias danosas que possuíam.
O que serviu para grande consolação e regozijo dos índios guaranis foi que as folhas emitiam uma suave fragrância, circunstância que aguçou-lhes a curiosidade em relação a erva.
Desfizeram as folhas tostadas e pondo-as em água produziram uma bebida de gosto tão agradável quanto proveitosa. É Lozano que narrou este episódio na sua história da conquista.

Segundo o mesmo autor, conferiu a São Tomé a esta erva, virtudes medicinais contra pestes e várias doenças. Conta, que certa vez uma terrível peste dizimou quase todos os povos guaranis. Os infelizes, recorreram a São Tomé, que andava pregando por aquelas regiões.
O santo apóstolo respondeu:
- "Em casa possuis o remédio; a misericórdia divina nunca desampara os justos".
Em seguida mandou trazer os ramos da erva-mate, tostou-os, triturou as folhas, colocou-as na água e bebeu, para que eles não receassem bebê-la também.
-"Bebei", acrescentou, "as folhas desta erva e com elas curareis todos os enfermos e, vós, os sãos, ficarão imunes à peste."
Obedeceram os índios e nenhum dos enfermos tornou a morrer, assim como não adoeceu mais ninguém.


OS AVIOS DO CHIMARRÃO

Denomina-se "avios do chimarrão" os apetrechos ou utensílios necessários para tomá-lo.

É tudo muito simples, você precisará de uma chaleira ou um vasilhame que possa ser levado ao fogo para aquecer a água (nunca ferver!). Fora isso, a cuia, a bomba e a erva.

A cuia (do guarani "iacuhi" = cabeça) faz as vezes de uma chícara ou taça de chá, mas não dispõe de alça e deve acomodar-se naturalmente na mão.

Tradicionalmete, utiliza-se como cuia o fruto seco de duas cucurbitáceas diferentes: a "lagenaria vulgaris", que dá o porongo propriamente dito, redondo e arredondado, e a "crescentia cujetare", que dá a cuia propriamente dita, achatada, para os uruguaios conhecida como "galleta".

Nas regiões produtoras, como o Planalto, a fartura do produto permitiu a popularização do porongo de boca larga, mas nas regiões aonde o produto chegava em morosas caretas e no lombo de cargueiros (Compahia rio-grandense, Uruguai, Argentina), ou se cortava o porongo "ao contrário" (ao contrário da maneira planaltina), deixando uma boca de no máximo uma polegada, ou se usava diretamente a cuia chata ou "galleta", pequenina e econômica.

Houve época em que se fabricavam cuias finas, de porcelana, de formato achatado, para uso no mate doce das casas de estância; e mais recentemente industrializam cuias de madeira, de vidro, de madeira recoberta com alumínio, etc.; mas nada se compara ao porongo ou a cuia tradicional.

A bomba consiste num canudo de 20 a 30 cm de comprimento por 5 a 10 mm de diâmetro, achatado numa extremidade (bocal) e apresentando, na outra, um bojo oco e crivado de furinhos.

No século XVII dois tipos de bomba eram conhecidas: a de prata, metal abundante então na América, e a taquara, confeccionada pelos indígenas e resultante de um paciencioso trançar de fibras de duas cores.

Atualmente é desconhecida a bomba vegetal: utiliza-se tão somente a bomba de "metal branco", entre os gaúchos menos abastados, e a bomba de prata, muitas vezes com relevo e bocal de ouro.

Um outro elemento, não essencial, poderia ser incluído entre os avios: o tripé, ou outra base qualquer, em que a cuia possa se firmar quando não está em uso.

Apesar de simples esses apetrechos são fundamentais e já rendeu até inspiração aos poetas gaúchos:

"Quanto aos furos de uma bomba
calibre não muito estreito;
do contrário, se o sujeito
se prende louco a chupar,
quando menos se dá conta,
de tanto que chupa e chupa,
o pobre diabo, num upa
pode do avesso virar!"


Eugênio Severo


HORÓSCOPO DO CHIMARRÃO:

Te aconselho a tomar o chimarrão no início do teu dia, mesmo que ele comece às quatro da tarde. Os índios, seus inventores, o tomavam antes de ir para as batalhas. 0 Chimarrão te dá força e pique para ires à luta no dia a dia, e, ainda por cima, te deixa buenaço ou lindona, no más.
Aproveita essa hora sagrada para abrir um livro, jogar um tarot, ou fazer uma meditação sobre a tua vida. Aí, ficarás bonito ou bonita, por dentro e por fora!
E vamos aos locos!

ÁRIES - Esse, acha que a cuia é dele! Tu tá recém pondo a chaleira no fogo, e ele já tá ali, perguntando se tá pronto. Esbaforido, sempre se queima, ou fica com a bomba entupida, pões que não tem paciência pra esperar que a erva assente. Dá-lhe um Trancaço, c diz que no Natal ele vai ganhar uma cuia só pra ele. Não te preocupa, que é loco manso.

TOURO - ele primeiro vê se a cuia é linda, no más, e depois, fica ali, acariciando a dita, com cara de libidinoso. Como em geral, é guloso pra caraco, te passa o mate, mas fica te olhando atravessado, e ruminando... como é do seu feitio. Não vale a pena discutir com o bagual, pois além de cabeçudo, quase sempre é o dono da cuia e da bomba...

GÊMEOS - o vivente já entra no rancho falando e contando causo, trovando e matraqueando que é um inferno. Tudo com a cuia na mão. Até que o povaréu começa a ficar nervoso. Conselho: antes que esfrie até a água da térmica, saiam de tininho e vão tomar mate em outro lugar. Ele nem vai notar.

CÂNCER - esse já pega a cuia com ar de desolado, pois que a cuia lhe lembra a mãe. De tão sentimental, às vezes, ate chora, lembrando do primeiro chimarrão (que a gauchada nunca esquece). Quando sente medo do escuro, dorme com a cuia embaixo do travesseiro. E tem pencas de cuias e bombas entupindo as as gavetas... de recordação, ele diz.

LEÃO - loco o convicto, não é que me inventou de mandar gravar um brasão de família na cuia e outro na bomba? Só toma chimarrão, se tiver um povo em volta pra ficar lhe olhando, e aí, aproveita, e desata a trovar e a declamar, esperando que lhe aplaudam. Sempre é bom não contrariar.

VIRGEM - primeiro, ele lava as mãos e todos os apetrechos, depois, confere se a erva é ecológica, e por aí vai. Acha que, o certo mesmo, era cada um ter a sua própria cuia, bomba e mate. Mas, por via das dúvidas, carrega sempre um paninho que, discretamente, vai passando no bocal da bomba. Como é metido a botiqueiro, e conhece todo tipo de erva deste Rio Grande, enquanto mateia, vai dando receitas e curando, de lombriga a esquizofrenia.

LIBRA - flor de fresco, chega a pegar a bomba com o dedinho levantado. Mas compensa, pelo senso de justiça. Só toma o mate depois que todo mundo já se serviu. Pra ele, matear, também pode ser sinônimo de namorar; daí que, se prenda, só faz roda de mate com a indiada marmanja, e, se marmanjo, põe açúcar e mel na cuia, e vai, todo lampero, pro Brique, ver se atrai as mosca, quer dizer, as moça.

ESCORPIÃO - pega a cuia, e matreiro... sai de fininho para algum canto, remoendo traumas, encucações e toda a sorte de loucuras. Sem essa de que vingança é um prato que se come frio, pões que, na água quente do amargo, fica tramando seus planos de vingança (inclusive, e principalmente: Revolução Farroupilha, a revanche!). E, ai daquele que não lhe passar a cuia. Outro que tem fantasias sexuais com a cuia, com a bomba e com a térmica. Só não me pergunte quais.

SAGITÁRIO - em geral estrangeiro, pois sagitariano que é sagitariano, nunca está em seu país de origem; aqui, no Rio Grande, pode ser um carioca, paulista ou baiano que, sem entender nada de tradição, fica mexendo o mate, com a bomba como se o amargo fosse um milk-shake. Conheci um que queria misturar mate com fanta uva.

CAPRICÓRNIO - inventou o tele-chimarrão com pingo-boy e tudo, e o chimarrão de negócios, o qual pratica toda a sexta-feira na sua empresa, que, aliás, exporta cuia, bomba, erva e demais aparatos para a gringolândia. Diz que já tá fazendo até japuca largar o chá e pegar a cuia.

AQUÁRIO - rebelde até a última cuia, acha que esse negócio de chimarrão tá superado. Só não sabe pelo quê. Doido, mas metido a bonzinho, adora um povaréu; daí que, convida todo o vivente que estiver passando, pra sua roda de mate. Acha que se: o chimarrão fosse servido na ONU, o mundo seria outro.

PEIXES - inventou a leitura de cuia e "recebe" entidades durante a mateada. Se desconhece o tipo de ervas que usa... mas, diz que faz roda de chimarrão com os daqui e com os do além. Por isso, um conselho de amiga: se a roda de chimarrão for em outra estância, que volte de táxi.

Fonte: Livro "A Bruxa Gaudéria e o bando de loco!", de Rose de Portto Alegre. Martins Livreiro Editora, 2003.

"E a cuia, seio moreno
que passa de mão em mão,
traduz no meu chimarrão,
em sua simplicidade,
a velha hospitalidade
da gente do meu rincão".


Glaucus Saraiva

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto

Bibliografia consultada:
História do Chimarrão - Barbosa Lessa
Mitos e Lendas do RS - Antonio Augusto Fagundes
Lendas do Brasil - Gonçalves Ribeiro
Ilustrações J. Lanzellotti
O Livro do Mate - Romário Martins
Contos Gauchescos - João Simões Lopes Neto
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeSeg Mar 17, 2008 6:31 am

Cá estou, escutando pink floyd no celular e navegando pelo celular... E comentando esse incrível post as 6 da manhã... Tche, a cuia galleta é a melhor pra tomar numa roda grande... Então a erva 'verde' faz mal? ... Eu sou libra... Mas... Tomar segurando a bomba com as pontas dos dedos! nunca! Ai ai vou preparar o, perdão para o trocadilho, MateNal ou mate now... hehehe (para pessoas sem o sentido aranha, digo, humorístico, leia-se: matinal)
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeSeg Mar 17, 2008 6:57 am

Chimarrão pronto e de canhoto, assistindo o bom dia santa catarina... Lembrando que existem muitos apetrechos para o Chimas, a camisinha - filtro que coloca-se na bomba pra não entupir... Tem aquela 'tampa' feita com uma tira de couro que fica em cima da cuia pra erva na cair... Têm cuias com metal na borda... A bolsa 'chimarrita' para carregar a cuia e a térmica, que é outro utilitário... e muito mais... Lembrando que pra lavar a cuia utiliza-se só água!
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeSeg Mar 17, 2008 6:58 pm

Que eu me lembre, tu não era canhoto... scratch
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeTer Mar 18, 2008 7:38 am

Mestre Splinter escreveu:
Que eu me lembre, tu não era canhoto... scratch
my bad... My bad...
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeTer Mar 18, 2008 11:01 am

Sabe, lendo essas mensagens e tomando meu mate, me lembrei de um jeito muito peculiar, não sei se por aqui o faziam, já que fui criada na fronteira, mas minha vó, já falecida, só tomava mate em copo, é acreditem, mate em copinho de extrato de tomate, ficava bonito de ver, até me lembra uma música cantada pelo Odilon Ramos (não sei de quem é a composição) que se chama: Mateando com a mamãe.. Bons tempos. Já eu, não tomo em copo não, tomo numa guampa (de boi para aqueles que pensaram bobagem), que é pra preservar a erva por mais tempo.
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeTer Mar 18, 2008 11:22 am

Juliana Gasso escreveu:
Sabe, lendo essas mensagens e tomando meu mate, me lembrei de um jeito muito peculiar, não sei se por aqui o faziam, já que fui criada na fronteira, mas minha vó, já falecida, só tomava mate em copo, é acreditem, mate em copinho de extrato de tomate, ficava bonito de ver, até me lembra uma música cantada pelo Odilon Ramos (não sei de quem é a composição) que se chama: Mateando com a mamãe.. Bons tempos. Já eu, não tomo em copo não, tomo numa guampa (de boi para aqueles que pensaram bobagem), que é pra preservar a erva por mais tempo.
em copo é estranho... Agora lembrei do falecido trindade, que era um cara que morava no mato que tem atrás de casa aí de Palmares... Ele tomava chimarrão numa lata de de azeite... Splinter chegastes a conhecer ele?
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeTer Mar 18, 2008 1:21 pm

Chego então a conclusão que mate é mate, independente de onde ele é tomado, pois na verdade o que importa mesmo é a erva, a bomba e, é claro, com quem se toma. Ah, já ia esquecendo a água... Smile
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeTer Mar 18, 2008 11:50 pm

Brankinho escreveu:
Juliana Gasso escreveu:
Sabe, lendo essas mensagens e tomando meu mate, me lembrei de um jeito muito peculiar, não sei se por aqui o faziam, já que fui criada na fronteira, mas minha vó, já falecida, só tomava mate em copo, é acreditem, mate em copinho de extrato de tomate, ficava bonito de ver, até me lembra uma música cantada pelo Odilon Ramos (não sei de quem é a composição) que se chama: Mateando com a mamãe.. Bons tempos. Já eu, não tomo em copo não, tomo numa guampa (de boi para aqueles que pensaram bobagem), que é pra preservar a erva por mais tempo.
em copo é estranho... Agora lembrei do falecido trindade, que era um cara que morava no mato que tem atrás de casa aí de Palmares... Ele tomava chimarrão numa lata de de azeite... Splinter chegastes a conhecer ele?

Claro... morava no mato e cortava lenha a troco de bóia, como muitos dos ''loucos'' que foram aparecendo aí pelos anos...

...ali no Capiva tinha o Pedro Louco, e teu pai talvez tenha conhecido ele... mancava devido à um acidente na estrada, e qüando a piazada inticava com ele, dava uma risada e respondia, com uma voz debochada:

´´-Ha-ha-ha...fiadapuuuuta...!´´


Hehehe...mais ou menos assim... :P


...Agora, mate no copo não tá tão incomum, não... na verdade, acho que até pode ter sido meio ''moda'' na época(nem tão distante) em que apareceram nos armazéns os primeiros ''copinhos de ´Elefante´'', hehehe...

...mas, agora meeesmo, com essa tua história da güampa me obriguei a lembrar do causo que o Brankinho mesmo me contou(''...vem cá, mas tu é gaúcho mesmo ou fala só p'ra te gabar?''hehehe)... Smile
...nunca achei uma güampa que desse de fazer uma cuia decente...tenho, ali güardaditos, um par que eu eu aplumei e fiz de caneca... mas cuia de tomar chimarrão, nenhuma... Neutral

...taí um mate que acho que nunca tomei, vou aí na tua casa matear p'ra conhecer essa tal de cuia! :lol: hehehehe...
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeQua Mar 19, 2008 10:46 am

Sinta-se desde agora convidado, tenho certeza que irás gostar e com certeza tomará um bom mate (de guampa).
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitimeQui Mar 20, 2008 6:29 am

Poiz diz que ninguém morre mocho mesmo!







Evil or Very Mad Mas báááá...esses emoticons que Brankinho deixou no Fórum não tão com nada... não tem nem o velho Viking de chapéu-de-vaca p'ro cara fazê uma balaca...!


...ô Brankinho!

...acha umas carinhas do capeta aí p'ra nóizz! Twisted Evil




...ou umas caveras!





Calavera! :lol:

Hehehehehe...!
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MensagemAssunto: Re: Amargo nosso de cada dia... parte II   Amargo nosso de cada dia... parte II Icon_minitime

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